O Terra entrou em contato com a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) e perguntou o que o cliente deve fazer quando perceber que isso está acontecendo. A empresa se limitou a dizer, por meio de nota, que os “aparelhos medidores, certificados pelo Inmetro, são projetados para registrar apenas o volume de água que passa pelos mesmos e não ar.”
Ainda segundo a Sabesp, testes demonstram que “a quantidade de ar que chega ao hidrômetro é tão pequena que não representa diferença na conta mensal”.
Em seu site, a empresa informa que o ar “faz o hidrômetro rodar para trás (quando entra na tubulação) e para frente (quando sai da tubulação), portanto, o giro para um lado compensa o giro para o outro”. Em caso de verificação de registro indevido, a empresa pede para que os clientes procurem a Central de Atendimento da companhia, pelos telefones 195 e 0800 011 9911, que funcionam 24 horas.
Bloqueadores de ar
A Sabesp informou que é contra a inserção de bloqueadores de ar disponíveis no mercado, já que, segundo ela, as peças “não são normatizadas e podem interferir no abastecimento de água do imóvel. Além disso, oferecem risco de contaminação de água e trazem risco à saúde pública”.
Existem vários modelos de bloqueadores de ar disponíveis no mercado e que garantem eliminar a cobrança indevida pela passagem de ar pelo hidrômetro.
A Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste) fez um teste em dezembro de 2012 com um equipamento da marca Aquamax. Segundo o órgão, a peça não retém o ar e sim faz com que saia menos água pela torneira.